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Economia do Brasil tem a menor participação no PIB mundial em mais de 40 anos

O que ajuda a explicar a perda de relevância do Brasil é o baixo crescimento registrado desde 1980

Foto: Reprodução

O fraco desempenho da economia brasileira nos últimos anos levou a uma perda de relevância do País no cenário mundial. Ao fim deste ano, a participação do Produto Interno Bruto (PIB), do Brasil na economia global deve responder 2,3%, a mais baixa desde 1980, quando teve início a série histórica do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Num momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tenta reinserir o País no cenário global com viagens para China, Estados Unidos e Europa, os dados do Fundo revelam um cenário adverso. A perda de participação do PIB brasileiro vem ocorrendo seguidamente – na década de 1980, o Brasil chegou a responder por 4% da economia do mundo – e deve seguir em queda pelos próximos anos.

Segundo O Estadão, o que ajuda a explicar a perda de relevância do Brasil é o baixo crescimento registrado ao longo de quase 40 anos. O desempenho do PIB brasileiro tem sido inferior ao de outras economias, sobretudo, na comparação com as emergentes.

Os dados que tratam da atividade global foram atualizados neste mês pelo FMI. A participação dos países na economia global é medida em Paridade do Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), para deixar mais justa a comparação entre as diferentes economias.

Ao longo dessas décadas, o Brasil conseguiu ampliar os anos de escolaridade da população, mas ainda sem garantir uma boa qualidade. “Infelizmente, para padrões internacionais, a qualidade educacional brasileira é extremamente trágica, desde a primeira infância, passando pelo ensino básico e médio”, diz Holland.

Mais do que colocar a casa em ordem, o Brasil tem uma longa agenda para virar a página do baixo crescimento. Além de investir em capital humano para qualificar a mão de obra, será preciso avançar no ambiente de negócios, na qualidade de investimento tanto em capital físico como em pesquisa e inovação e abrir a economia brasileira para o mundo.

Aline Coelho

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