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Google tem até 2 horas para retirar mensagem contra PL da Censura da página inicial

A empresa deve veicular um aviso a favor do PL, para que o consumidor tenha acesso ao “outro lado”

O ministro da Justiça, Flávio Dino, falou em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 2, que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) tomou uma medida cautelar relativa ao Google, para que o mecanismo de busca ajuste sua página inicial. Desde segunda-feira, 1°, a plataforma exibe uma mensagem contra o projeto de lei da Censura.

Segundo a CNN, a medida traz algumas decisões de efeito imediato, com prazo de cumprimento de duas horas:

• Sinalizar que a mensagem contra o PL da Censura se trata de publicidade;

• Veicular uma contra-propaganda a favor do PL da Censura.

O ministro da Justiça explicou que a empresa Google se define como uma plataforma de tecnologia e não pode publicar um “editorial”, por isso, o aviso contra o PL deve ser considerado como publicidade e precisa de sinalização.

A Senacom decidiu que se trata de uma propaganda abusiva, que necessita de contra-propaganda. Desta forma, a empresa deve veicular um aviso a favor do PL, para que o consumidor tenha acesso ao “outro lado”.

“Nosso objetivo é proteger os consumidores e combater a censura privada”, disse Dino. “A regulação não é uma proposta do governo, é uma exigência do nosso tempo. Não só é amparada pela Constituição, mas exigida pela Constituição.”

Segundo Dino, o debate sobre o PL da Censura na Câmara dos Deputados transcorria de forma normal, “até que nesse final de semana houve uma profusão de estudos mostrando uma tentativa de censurar o debate, por intermédio de atuações atípicas de empresas que tem interesses próprios e econômicos”.

A Senacom juntou indícios de que as plataformas estariam “manipulando seus próprios termos de uso para privilegiar aquilo que lhes convêm, em detrimento de outras vozes”. O ministro afirmou: “Isso é censura.”

“Há uma tentativa de inverter os termos do debate, como se nós estivéssemos tentando censurar, mas estamos vendo uma censura privada”, acrescentou Dino.

Aline Coelho

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