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Janja quer um cargo reservado a ela, no Governo Federal

Janja demonstrou insatisfação com a decisão, chegando a questionar se teria que rasgar a certidão de casamento para exercer uma atividade política no Brasil

Foto: Reprodução

A primeira-dama Janja tem cobrado de Lula (PT), e integrantes do governo a criação de um cargo reservado a ela, registra a Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, a ideia foi interrompida, ao menos temporariamente, por receio de que ela ficasse exposta e de acusações de nepotismo. A reportagem diz que, em 24 de janeiro, quando estava na Argentina, Janja telefonou para o Brasil e questionou integrantes do governo sobre essa ausência de função dentro do gabinete de Lula. Depois, ao retornar ao Brasil, a primeira-dama teria novamente cobrado explicações sobre o assunto.

“Durante o período de transição do governo, houve discussão a respeito da equipe que apoiaria Janja e também de aspectos jurídicos sobre a criação de um cargo.

De acordo com O Antagonista, mesmo que sem remuneração, a criação de uma secretaria especial com uma equipe subordinada ela —como chegou a ser aventado— poderia exigir a aprovação de um projeto no Congresso Nacional. Não à toa, a MP (medida provisória), que foi enviada ao Parlamento em 1º de janeiro não previa nenhum posto específico para a primeira-dama”, afirma a Folha. 

Segundo a reportagem, Janja demonstrou insatisfação com a decisão, chegando a questionar se teria que rasgar a certidão de casamento para exercer uma atividade política no Brasil. Os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT), e da Justiça, Flávio Dino (PSB), estão entre os que foram procurados pela primeira-dama.

Integrantes da Casa Civil e Advocacia Geral da União disseram a Lula que, mesmo que Janja não recebesse salário, o fato de ser nomeada para ocupar uma estrutura do Palácio do Planalto faria dela uma funcionária pública, na prática. Assim, a primeira-dama ficaria exposta e sujeita a investigação por parte de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União, da Justiça, além de poder ser convocada para falar no Congresso.

Aline Coelho

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