Somente em relação à última campanha para as eleições presidenciais, o escritório de Zanin recebeu R$ 1,2 milhão em dezembro de 2022, recursos provenientes do Fundo Eleitoral
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin recebeu nos últimos quatro anos R$ 2,9 milhões por “serviços de consultoria jurídica” pagos pelo Partido dos Trabalhadores.
De acordo com o Metrópoles, os pagamentos começaram a ser feitos em setembro de 2019, pouco antes de Lula deixar a cela especial da Polícia Federal em Curitiba, em decorrência do julgamento no STF que derrubou a prisão após condenação em segunda instância.
Desde então, o escritório de advocacia que Zanin tinha em sociedade com o sogro Roberto Teixeira, compadre de Lula, recebeu pagamentos mensais de R$ 46.925,00 do diretório nacional do PT, segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os pagamentos foram feitos até agosto do ano passado, totalizando R$ 1,7 milhão. As transferências foram feitas por meio da conta que o PT recebe doações privadas, como de empresários, e não da conta abastecida com recursos do fundo partidário.
Naquele período, Zanin rompeu a sociedade com Teixeira e abriu um novo escritório em São Paulo com a mulher, a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins, que atuou ao lado dele na defesa de Lula nos processos da Operação Lava Jato.
Além disso, somente em relação à última campanha para as eleições presidenciais, o escritório de Zanin recebeu R$ 1,2 milhão em dezembro de 2022, recursos provenientes do Fundo Eleitoral. O valor foi descrito como “prestação de serviços advocatícios”. Os dados constam da prestação de contas da campanha de Lula, divulgados pelo TSE.