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Julgamento que pode tornar Bolsonaro inelegível é suspenso e só retorna na próxima terça-feira

O julgamento foi suspenso depois da apresentação do parecer do MPE

Foto: Reprodução

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, suspendeu nesta quinta-feira, 22, o julgamento da ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em curso na Corte. Moraes anunciou que a análise será retomada na terça-feira, 27, com a leitura do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves. 

De acordo com o Poder 360, na sessão desta quinta-feira, 22, Gonçalves apresentou o relatório de 43 páginas elaborado sobre a ação. Em seguida, foi a vez das apresentações das sustentações orais do PDT (Partido Democrático Brasileiro), requerente da ação, e dos réus, Jair Bolsonaro e general Braga Netto.

O julgamento foi suspenso depois da apresentação do parecer do MPE (Ministério Público Eleitoral), que defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro, mas foi contra a procedência da ação contra Braga Netto.

O partido pediu a inelegibilidade do ex-presidente, a cassação da chapa com o general Braga Netto – o que não poderia acontecer, já que Bolsonaro não foi eleito em 2022 e o julgamento ocorre depois do pleito. Além disso, o partido pede a exclusão de vídeos do conteúdo publicado pela Agência Brasil — o que já foi feito.

O processo trata da reunião do ex-chefe do Executivo com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. 

Na ocasião, Bolsonaro questionou o resultado do processo eleitoral de 2018, levantou dúvidas sobre urnas eletrônicas e criticou ministros de tribunais superiores. O evento foi transmitido pela TV Brasil. Eis as alegações do ex-presidente: 

urnas eletrônicas – disse que as urnas completaram automaticamente o voto no PT e não possuem sistemas que permitem auditoria. Afirmou ainda que os resultados de 2018 podem ter sido alterados;

apuração – Bolsonaro disse que não é possível acompanhar a apuração dos votos e que o processo é realizado por uma empresa terceirizada; 

ministros do TSE – afirmou que o ministro Roberto Barroso, na época ministro do TSE, havia sido indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal), depois de ceder favores ao Partido dos Trabalhadores e estaria empreendendo perseguições contra ele. Em relação ao ministro Edson Fachin, na época presidente do TSE, disse que ele foi responsável pela elegibilidade de Lula.

Aline Coelho

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