O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), condenou o lançamento como um “ato provocativo” que prejudica a paz e a estabilidade da península coreana
A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de seu mar oriental na quarta-feira, poucas horas depois que um submarino nuclear dos Estados Unidos com mísseis balísticos chegou a um porto sul-coreano pela primeira vez em quatro décadas.
Segundo o Gazeta Brasil, ambos os mísseis voaram para fora da zona econômica exclusiva do Japão, disse o ministério da defesa japonês.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), condenou o lançamento como um “ato provocativo” que prejudica a paz e a estabilidade da península coreana.
“Condenamos veementemente os sucessivos lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte como graves atos provocativos que prejudicam a paz e a estabilidade da Península Coreana, bem como a comunidade internacional, e são uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, disse o JCS em um comunicado.
O primeiro míssil atingiu uma altitude de 50 km (31 milhas) e cobriu um alcance de 550 km (341 milhas), enquanto o segundo subiu até 50 km e voou 600 km (372 milhas), disse o ministro da Defesa japonês, Yasukazu Hamada, a repórteres.
“Uma ameaça imediata para os EUA ou seus aliados, mas os eventos destacam o impacto desestabilizador do programa de armas ilícitas da Coreia do Norte”, disse o Comando Indo-Pacífico dos EUA em um comunicado.
Na terça-feira, um soldado dos EUA enfrentando ação disciplinar fugiu pela fronteira intercoreana para a Coreia do Norte. Acredita-se que o soldado esteja sob custódia norte-coreana, disse Washington, criando uma nova crise entre os dois inimigos.
Leif-Eric Easley, professor de estudos internacionais da Universidade Ewha em Seul, disse que o último lançamento tem mais a ver com a chegada do submarino americano e a reunião sobre a dissuasão estendida de Washington à Coreia do Sul.
“O último disparo de mísseis balísticos da Coreia do Norte provavelmente não está relacionado a um soldado americano cruzando a fronteira intercoreana, mas tal incidente também não ajuda”, disse Easley em um comunicado.
“Enquanto Pyongyang procura afirmar suas ameaças e capacidades nucleares sobre a Coreia do Sul, sem dúvida se opõe a Seul e ao Grupo Consultivo Nuclear de Washington e à visita de um submarino de mísseis balísticos nucleares dos EUA”, disse ele.