“Se tivesse tido um comportamento diferente, talvez nós pudéssemos estar comemorando no 1º semestre a ordem de 1,2 milhão ou 1,15 milhão de empregos”, completou Marinho
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, associou nesta quinta-feira, 27, a esquizofrenia ao trabalho do BC (Banco Central). Defendeu que, se a taxa básica, aSelic, não cair na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o Senado teria que contratar um psiquiatra para o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.
Segundo o Poder 360, para Marinho, o BC precisa assumir as responsabilidades e tomar decisões técnicas. Afirmou que a autoridade monetária faz um trabalho político. Disse que, se não fosse o comportamento “inadequado”, o país teria criado 1,2 milhão de empregos formais no 1º semestre. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostraram que houve aumento de 1,023 milhão de postos de trabalho no período.
O saldo registrado foi o pior desde 2020, o 1º ano da pandemia de covid-19. Caiu 26,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando foi de 1,39 milhão.
Marinho disse que tem“um item”na política econômica que atrapalha o bom desempenho, que é a taxa básica, a Selic, em 13,75% ao ano. Ele afirmou que os juros atrapalharam a criação de empregos. Em junho, segundo o ministro, poderiam ter sido 200 mil novos postos de trabalho a mais, em vez dos 157 mil registrados.
“Não fosse o comportamento inadequado do Banco Central, poderia ser, no mínimo, 189 mil em maio. Isso se repete também em junho. Não fosse essa inadequação esquizofrênica dos juros no Brasil, poderíamos estar falando da ordem de 200 mil novos empregos”, declarou. “Se tivesse tido um comportamento diferente, talvez nós pudéssemos estar comemorando no 1º semestre a ordem de 1,2 milhão ou 1,15 milhão de empregos”, completou.