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ONU pede que smartphones sejam banidos das escolas no mundo

O uso excessivo de telefones celulares impacta o aprendizado

Foto: Reprodução

Um relatório da ONU, publicado nesta quarta-feira, ressalta preocupações sobre o uso excessivo de smartphones, pedindo que eles sejam banidos das escolas em todo o mundo, informou News UN.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura Unesco, o uso excessivo de telefones celulares impacta o aprendizado.

O levantamento sobre tecnologia na educação pede aos países a considerar, cuidadosamente, seu uso nas escolas.

No “Relatório de monitoramento global da educação, resumo, 2023: a tecnologia na educação: uma ferramenta a serviço de quem?”, a Unesco enfatiza a necessidade de uma “visão centrada no ser humano”.

Para a agência da ONU, a tecnologia digital deve ser utilizada como uma ferramenta e não para substituir a interação humana.

O diretor de Monitoramento da Unesco, Manos Antoninis, também alertou sobre o perigo de vazamentos de dados em tecnologia educacional, já que apenas 16% dos países garantem a privacidade dos dados na educação por lei.

Ele explica que a grande quantidade de dados está sendo usada sem a regulamentação adequada, o que pode servir para fins não educacionais, violando direitos.

O relatório lista resultados de países como Brasil, Camboja, Malauí e México sugerindo que as crianças perderam pelo menos um ano de aprendizagem. Quanto mais tempo as escolas permaneceram fechadas, mais forte foi o impacto sobre as perdas de aprendizagem.

A Unesco sugere padrões para conectar as escolas à internet entre agora e 2030 e que o foco permaneça nos mais marginalizados.

O órgão da ONU também recomenda que os países estabeleçam suas próprias diretrizes para o uso da tecnologia para garantir que ela complemente o ensino presencial, que continua sendo crucial para o aprendizado.

Segundo o levantamento, havia no máximo 10 computadores para cada 100 estudantes no Brasil e no Marrocos. Já em Luxemburgo, eram 160 computadores para cada 100 estudantes.

Aline Coelho

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