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Carlos Bolsonaro diz que é óbvio que Brasil já virou Venezuela e pede que parem de falar de prisão

“Se quer ajudar, desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer”, declarou o filho 02 do ex-presidente

Foto: Reprodução

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), pediu neste sábado, 19, para que os apoiadores de seu pai e ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), parassem de comentar sobre uma possível prisão.

Segundo Terra Brasil Notícias, o ex-chefe do Executivo é alvo de investigações a respeito de presentes que recebeu de delegações no exterior durante o mandato. Ele também foi citado no depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), do 8 de Janeiro como se tivesse oferecido um indulto presidencial em troca de supostas provas contra as urnas eletrônicas.

“Se quer ajudar, desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer”, declarou o filho 02 do ex-presidente, sem citar diretamente o pai, em seu canal no Telegram.

Para Carlos, é “óbvio” para “qualquer um” que o Brasil vive uma situação semelhante à da Venezuela –regime autocrático e sem garantias de liberdades fundamentais. “Os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem!”, declarou.

Na última quinta-feira, 17, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendeu ao pedido da PF (Polícia Federal) e autorizou a quebra de sigilo bancário do ex-presidente e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.

O objetivo da corporação é identificar se Bolsonaro foi beneficiado com o dinheiro da venda, por integrantes de seu governo, de presentes dados por delegações estrangeiras

Um relatório da PF indica que um relógio Rolex, presente saudita, foi entregue para o ex-presidente e depois vendido nos EUA. O ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef teria recomprado o relógio no país norte-americano para entregá-lo ao TCU (Tribunal de Contas da União), por um valor maior do que o da venda.

Além disso, o documento mostra mensagens do tenente-coronel Mauro Cid sobre ter combinado com o pai, o general Lourena Cid, a entrega de US$ 25.000 em dinheiro a Bolsonaro para não fazer “movimentação” na conta do ex-presidente.

Aline Coelho

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