Em resolução divulgada na semana passada, o PT instruiu seus membros a não se alinharem a “a candidatos e candidatas identificados com o projeto bolsonarista”. A determinação petista não menciona diretamente o PL, contudo
Valdemar Costa Neto destacou em caixa alta nesta segunda-feira, 4, que “não existe nenhuma hipótese de coligação com o PT” nas eleições de 2024. O presidente do PL publicou um post em seu perfil no X (ex-Twitter), para deixar “bem claro” que seu partido é de oposição. “E assim seguiremos”, garante.
Segundo O Antagonista, reportagem de O Globo revelou que integrantes do PL discutem alianças nas municipais com petistas em Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão e Bahia. Valdemar insiste que não está acontecendo nada disso. “O Partido Liberal valoriza a família, a liberdade de expressão e sentimos orgulho do nosso país quando ouvimos o Hino Nacional”, destacou em seu post, completando: “É por isso que o povo brasileiro fez do PL o maior partido do país”.
Em resolução divulgada na semana passada, o PT instruiu seus membros a não se alinharem a “a candidatos e candidatas identificados com o projeto bolsonarista”. A determinação petista não menciona diretamente o PL, contudo. O partido de Bolsonaro tem membros que não estão totalmente alinhados ao “projeto bolsonarista”, paera ficar nos termos usados na resolução do PT.
Alguns dos deputados do PL votaram pela aprovação da reforma tributária na Câmara, contra a instrução de Jair Bolsonaro, expondo o racha no partido. Na ocasião, acabou sobrando para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi hostilizado em reunião dos liberais para deliberar sobre a questão. Os mais radicais não gostaram dos argumentos do ex-ministro da Infraestrutura a favor da reforma, que acabaria sendo aprovada pelo Congresso semanas depois.
Desde que a crise de identidade do partido foi escancarada, Valdemar tenta direcionar o PL e seus representantes eleitos para a mesma vibração de Bolsonaro. Como se vê, contudo, alguns dos membros do partido têm outros compromissos e prioridades em mente para as eleições de 2024, que trata muito mais de questões regionais — ou provincianas, por definição — do que da batalha ideológica travada entre petistas e bolsonaristas.