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Novela: Orçamento de 2024 prevê fim da isenção para Importações até US$ 50

A taxa deve gerar R$ 2,8 bilhões em receitas extras com o fim do benefício

Foto: Reprodução

Em mais um capítulo da novela petista sobre a isenção de compras em lojas on-line como Shein, Shopee, AliExpress e outras similares, o Orçamento de 2024 prevê o fim da isenção do Imposto de Importação para as compras online internacionais até US$ 50. O documento foi enviado na última quinta-feira, 31, ao Congresso.

Segundo Estadão Conteúdo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, informou que a medida é parte dos esforços do governo para aumentar a arrecadação federal. Dessa forma, uma alíquota mínima de 20%, está sendo avaliada. A taxa deve gerar R$ 2,8 bilhões em receitas extras com o fim do benefício.

A medida faz parte do esforço arrecadatório do governo, que precisa de R$ 168 bilhões para garantir a meta de déficit zero nas contas públicas em 2024, como define o novo arcabouço fiscal.

O presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho, defende que o patamar de 20% está muito abaixo do que empresas de varejo nacional precisam para ter uma competição isonômica com as lojas do exterior.

“Não é aceitável. Basta ver o estudo do IDV / IBPT, no qual a carga tributária efetiva média é de 85%. Caso ocorra a implantação da alíquota de 20%, a destruição de empresas e empregos continuará, em especial nas médias e pequenas,” afirma o presidente do IDV.

O IDV estima que dois milhões de vagas de emprego poderiam ser perdidas em dois anos com o fechamento de lojas no País.

O posicionamento de Gonçalves Filho pode ser um sinal de que a briga travada entre varejistas brasileiras como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) contra as estrangeiras ainda está longe de acabar. Os tickers acumulam quedas de -33,80% e -58,79% nos últimos 12 meses. Além de fatores internos, o crescimento no volume de compras em e-commerces como Shein, Shopee, Amazon (AMCO34) e outras é um dos principais abalos para essas varejistas.

Aline Coelho

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