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Parlamentares discutem atribuições do Congresso e não do STF, como aborto, porte maconha e casamento homoafetivo

Se, de um lado, alguns congressistas entendem que o Supremo está legislando, de outro há a avaliação de que as decisões do STF preenchem um espaço deixado pela falta de atuação do parlamento em temas importantes

Foto: Reprodução

Senadores e deputados da oposição, principalmente os conservadores e ruralistas, têm reagido a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) em temas que, na avaliação deles, deveriam ser tratados no Congresso.

Segundo G1, nos últimos dias, grupos parlamentares decidiram obstruir a pauta de votações da Câmara e do Senado — ou seja, não votar nenhuma matéria — para marcar posição contra o STF.

Além disso, esses políticos têm buscado aprovar projetos que contrariam entendimentos da Corte.

Alguns temas de maior divergência entre o Legislativo e o Judiciário são:

• tese de um marco temporal para a demarcação de terras indígenas

• descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação

• descriminalização do porte de maconha para consumo próprio

• casamento homoafetivo

• recursos para campanhas eleitorais

• possibilidade de sindicatos cobrarem “contribuição assistencial”

Se, de um lado, alguns congressistas entendem que o Supremo está legislando, de outro há a avaliação de que as decisões do STF preenchem um espaço deixado pela falta de atuação do parlamento em temas importantes.

Apesar da discussão ser antiga, o desgaste se acirrou nos últimos dias, após decisão do STF de barrar a tese do marco temporal, que prevê que só podem ser demarcadas terras que ocupadas por indígenas no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição.

Essa tese agrada aos ruralistas, mas não aos indíigenas.

Aline Coelho

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