Segundo o Terra, o saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – é o quarto pior da série histórica para o mês. Em 2020, o recorde negativo foi de R$ 119,844 bilhões no mês, corrigido pela inflação
As contas do governo registraram um rombo em agosto. A diferença entre as receitas e as despesas (sem contar os juros da dívida) ficou negativa em R$ 26,350 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 35,933 bilhões em julho.
Segundo o Terra, o saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – é o quarto pior da série histórica para o mês. Em 2020, o recorde negativo foi de R$ 119,844 bilhões no mês, corrigido pela inflação.
Nos oito primeiros meses do ano, as contas do governo acumulam um rombo de R$ 104,590 bilhões – o quarto pior da série histórica em termos reais (descontada a inflação).
Em agosto, as receitas tiveram queda real de 9,1% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve baixa de 5,8%.
“No ano passado, teve atipicidade nessas receitas de concessões, dividendos e recursos naturais, que juntas somam cerca de R$ 90 bilhões de diferença em relação a 2022?, disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
Ele reforçou que ainda que arrecadação, como já destacado pela Receita e antecipado pelo Estadão, registrou perdas concentradas em alguns tributos, como o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).
Já as despesas encolheram 18,5% em agosto, já descontada a inflação. No acumulado de 2023, a variação foi positiva em 4,5%. O secretário apontou que esse número cresceu em razão, por exemplo, da recomposição da verba de programas federais, como o Bolsa Família. “Eles carregam impacto importante, que já era conhecido”, disse.
Ceron ainda comentou que o resultado de agosto veio em linha com as expectativas de mercado.