Haddad foi eleito o melhor ministro de Finanças da região, enquanto Campos recebeu o prêmio de melhor presidente da autoridade monetária também da América Latina e do Caribe
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, receberam nesta sexta-feira, 13, prêmios da revista “LatinFinance”, publicação especializada nos mercados financeiros e economias da América Latina e do Caribe. Haddad foi eleito o melhor ministro de Finanças da região, enquanto Campos recebeu o prêmio de melhor presidente da autoridade monetária também da América Latina e do Caribe.
Segundo o Valor Econômico, os prêmios foram recebidos em Marrakech, no Marrocos, onde ambos participam das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
O BC postou pela manhã em seus perfis em redes sociais uma foto de Campos e Haddad lado a lado com os respectivos prêmios.
“Muito bom ver mais um reconhecimento internacional do trabalho do Ministério da Fazenda e do Banco Central. Parceria bem-sucedida em benefício do Brasil. Parabéns, ministro Fernando Haddad”, diz Campos na postagem.
Já Haddad afirmou, também em rede social, que o prêmio recebido “reflete o esforço conjunto e articulado” em busca do crescimento econômico do Brasil. Ele também agradeceu “todos os atores que deixam de lado nossas poucas diferenças”.
“O prêmio concedido pela LatinFinance (publicação especializada nos mercados financeiros e economias da América Latina e do Caribe) reflete o esforço conjunto e articulado para o crescimento econômico sustentável no Brasil”, escreveu.
Ele mencionou “toda a equipe técnica do Ministério da Fazenda”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “e todos os atores que deixam de lado nossas poucas diferenças e enxergam nossas muitas concordâncias como nação e como atores globais”.
Durante boa parte deste ano, Haddad atuou nos bastidores como uma espécie de intermediário entre Lula e Campos. Até o início do segundo semestre, o presidente da República criticou diversas vezes publicamente e de maneira dura o presidente da autoridade monetária. O motivo era a taxa básica de juros, considerada por Lula excessivamente elevada.
Desde agosto, o BC já cortou a Selic de 13,75% para 12,75%, sempre em termos anuais. Além disso, sinalizou novos cortes de 0,5 ponto percentual em cada uma das próximas reuniões, caso “o cenário esperado” para esse período se confirme.