Em nota divulgada por meio de sua equipe de comunicação, Tarcísio afirma que “não houve ingerência política eleitoral no episódio”
Sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça e Segurança Pública de Flávio Dino, a Polícia Federal (PF), partiu para cima do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O membro do Republicanos passou a ser alvo de inquérito por causa de uma ocorrência relacionada à campanha eleitoral do ano passado.
Segundo a Revista Oeste, o inquérito que tem Tarcísio como alvo foi aberto pela PF em junho deste ano, oito meses depois de um ato da campanha do então candidato a governador na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, ser interrompido por tiroteio.
Apesar de ter sido aberto em junho, a investigação só ganhou espaço na imprensa nesta segunda-feira, 23, por meio de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Conforme a publicação, uma ala da PF estaria a fim de apurar se houve suposto crime eleitoral por parte da campanha de Tarcísio. Essa parte da corporação quer saber se partiu da equipe do hoje governador a versão de que houve tentativa de atentado.
Em nota divulgada por meio de sua equipe de comunicação, Tarcísio afirma que “não houve ingerência política eleitoral no episódio”. De acordo com ele, “não há o que ser averiguado pela Polícia Federal.”
De acordo com O Estadão, o inquérito aberto em junho dividiu integrantes da PF. Pelo lado do Palácio dos Bandeirantes, segundo o jornal, há queixas de instrumentalização política da Polícia Federal, sobretudo com ações contra opositores ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar do inquérito aberto pela PF, que desde o início do ano é subordinada ao ministro Flávio Dino, informações no período eleitoral do ano passado registram o que ocorreu com Tarcísio e equipe durante ato na favela do Paraisópolis, em 17 de outubro, durante campanha do segundo turno.
Vídeos veiculados na imprensa mostram jornalistas agachados em meio ao barulho de disparos de tiro. Sob a gestão de Rodrigo Garcia (PSDB), o então secretario de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de Campos, afirmou, inclusive, que “houve desconforto” por parte de criminosos da comunidade com a presença de Tarcísio e de policiais militares.
Em meio ao tiroteio em Paraisópolis, um suspeito morreu depois de ser atingido por um policial que estava na favela durante a visita ao local do na ocasião candidato a governador.