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Lula assina GLO que garante reforço militar no RJ até maio de 2024

Na última sexta-feira, 27, o chefe do Executivo havia declarado que o governo federal não faria o uso da GLO

Foto: Reprodução

O presidente Lula assinou nesta quarta-feira, 1º, um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) específica para que o governo federal possa atuar nos portos de Itaguaí, Rio de Janeiro e Santos, e nos aeroportos do Galeão e de Guarulhos, até maio de 2024, informou a Jovem Pan.

“Um dado concreto é que a situação está muito grave, a violência que nós temos assistido tem se agravado a cada dia que passa e nós resolvemos tomar uma decisão fazendo como que o governo federal participe ativamente com todo potencial que ele tem para que a gente possa ajudar o governo nos estados e o Brasil a se livrarem do crime organizado, da quadrilha, do tráfico de drogas e armas”, afirmou Lula.

Na última sexta-feira, 27, o chefe do Executivo havia declarado que o governo federal não faria o uso da GLO. Ao ser questionado sobre a fala do petista, o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) declarou que “o Rio de Janeiro tem características muito singulares, entre as quais lá se estabeleceu o domínio territorial de facções bastante intenso”.

O chefe da pasta afirmou, ainda, que o intuito não é substituir as polícias, pois “a Constituição fixa atribuição dos estados a polícia militar e polícia civil, nosso objetivo é apoiar”.

Além de Flávio Dino, participaram da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Múcio (Defesa), Silvio Costa (Portos e Aeroportos) e Paulo Pimenta (Secom). Estiveram presentes, também, os comandantes Marcos Olsen (Marinha), Tomás Paiva (Exército), Marcelo Damasceno (Aeronáutica) e o diretor da Polícia Federal, Andrei Passos.

De acordo com o ministro da Justiça, serão empregados cerca de 3.700 militares das Forças Armadas, sendo 2.000 do Exército, 1.100 da Marinha e 600 da Aeronáutica.  Já o ministro José Múcio afirmou que, em regime normal, se a Marinha detectasse um pacote de drogas ela teria que notificar a polícia federal.

“Agora, com a GLO específica, o que a Marinha encontrar ela poderá fazer de tudo, é uma operação especial e muito bem pensada, todos nós vamos somar nossos esforços”, finalizou.

Aline Coelho

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