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Fundador do PT propõe Nobel Da Paz a padre Júlio Lancellotti, acusado de abuso sexual

O prêmio é concedido às pessoas que mais contribuíram com a manutenção da paz no mundo

Foto: Reprodução

O sociólogo Benedito Mariano, fundador do PT (Partido dos Trabalhadores) e atual secretário de Segurança de Diadema, na Grande São Paulo, reuniu-se na segunda-feira, 22, com o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, para propor uma campanha junto ao governo federal para que o padre Júlio Lancellotti receba o Nobel da Paz. O prêmio é concedido às pessoas que mais contribuíram com a manutenção da paz no mundo.

Em reunião na Esplanada, Benedito propôs ao ministro que solicitasse uma audiência com o papa Francisco para buscar apoio à indicação. O coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo, Paulo Pedrini, também participou.

Ao Poder 360, o secretário confirmou que o ministro aderiu à campanha. Disse que vai trabalhar para que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se engaje na causa. O sociólogo também busca apoio do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

“Foi o primeiro encontro formal com o governo Lula. O ministro [Silvio Almeida] vai conversar com o ministro do Itamaraty[Mauro Vieira] e, possivelmente, com o presidente Lula. Saí da reunião muito animado!”, afirmou Benedito. “O ministro se mostrou entusiasmado com a campanha e irá trabalhar para que o governo brasileiro se engaje nela”, declarou.

O Brasil nunca ganhou um prêmio Nobel, mas já pleiteou a honraria ao longo da história. A campanha pelo prêmio incluiu figuras como o diplomata Osvaldo Aranha (1894-1960) e o ex-chanceler Afrânio de Melo Franco (1870-1943), além dos líderes religiosos Chico Xavier (1910-2022) e Irmã Dulce (1914-1992).

O padre foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no final de semana iniciada no último sábado, 20. Reportagem da Revista Oeste diz que uma perícia confirmou a realização de uma videochamada íntima entre ele e um menor de idade. O sacerdote nega todas as acusações.

O caso foi compartilhado em massa por opositores do padre –geralmente ligados à direita. Durante a repercussão do texto, outras duas perícias viraram assunto nas redes: uma afirmava confirmar a acusação e a outra dizia que as gravações foram adulteradas.

Aline Coelho

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