O Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, conquistou o comando das mais importantes comissões da Casa
Há uma máxima que diz que o Brasil só começa depois do carnaval. Na prática, isso é basicamente um fato. Nesta quarta-feira (6), a divisão de poder na Câmara dos Deputados para este ano começou a ser feita, com a escolha dos presidentes das comissões temáticas da Casa. Das 30, 19 já elegeram quem assumirá as presidências.
Segundo Conexão Política, o Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, conquistou o comando das mais importantes comissões da Casa. A deputada Caroline de Toni (PL-SC) presidirá a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), tida como a principal, enquanto o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) a de Educação.
Outra comissão de grande relevância seguirá no comando da ala bolsonarista: a de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, que será presidida pelo deputado Alberto
Fraga (PL-DF).
O PL também ficou com Comissão de Previdência, Assistencia Social, Infancia, Adolescencia e Familia, sob o comando do deputado Pastor Eurico (PL-PE), que e um dos nomes mais conservadores do Congresso. Já a comissão do Esporte, que também é muito cobiçada, ficou com o deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP).
Presidir uma comissão temática é, em outras palavras, poder para controlar a pauta de votação e também de convocação ou convite de ministros do governo.
Dono da maior bancada na Câmara, com 96 deputados, o PL já tinha recebido o aval do presidente da Câmara Arthur Lira
(PP-AL), que havia confirmado que a sigla teria direito de comandar múltiplas comissões, incluindo a CCJ, considerada a mais importante comissão da Casa. Por ela passam todos os projetos antes da votação ir para o plenário e ainda as Propostas de Emenda Constitucional (PECs).
Lideranças partidárias do reduto de Lira atuaram para que a CCJ estivesse nas mãos do União. Ainda assim, em reunião com líderes, o próprio Lira sustentou, nesta quarta, que o PL teria direito à CCJ.