Faltam contabilizar os votos os portugueses que moram foram do país
A AD (Aliança Democrática), coligação de centro-direita formada por PSD (Partido Social Democrata), CDS-PP (Centro Democrático Social – Partido Popular) e PPM (Partido Popular Monárquico), lidera com uma vantagem pequena as eleições legislativas de Portugal no domingo, 10.
Segundo Poder 360, com 99,01% das urnas apuradas até as 3h15 (horário de Brasília) desta segunda-feira, 11, a coligação ganhou 79 cadeiras na Assembleia da República. A legenda adversária de esquerda PS (Partido Socialista) aparece com 77 assentos. Já 48 deputados do partido de direita Chega foram eleitos. As informações são da SGMAI (Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna) de Portugal. As informações são do Poder 360.
Faltam contabilizar os votos os portugueses que moram foram do país. Eles são responsáveis pela eleição de 4 deputados. Mesmo assim, o líder da AD, Luís Montenegro, já falou em vitória. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, declarou que o partido passa para a oposição e não vai apresentar sanções para derrubar em eventual governo minoritário da direita.
Luís Montenegro falou já na madrugada desta segunda-feira, 11, em Portugal, fim da noite de domingo, 10, no Brasil. Disse que “parece ser incontornável” que a AD venceu as eleições e afirmou esperar que o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, convide a aliança a formar governo. Ele reafirmou seu compromisso de não se coligar com o Chega.
“Face à vitória eleitoral, é minha expectativa fundada que o senhor presidente da República me possa indigitar para primeiro-ministro. Na expectativa de que tal vai acontecer, o meu compromisso é cumprir a mudança. Vai-se cumprir com um novo primeiro-ministro, com novo governo e com novas políticas”, declarou.
A quantidade de deputados eleitos pela AD não atinge a maioria absoluta (116 cadeiras). Essa maioria não será alcançada mesmo que a aliança se coligue com a IL (Iniciativa Liberal), que já elegeu 8 deputados. Sem uma coligação formal com o Chega, governaria de forma minoritária, precisando negociar com os demais partidos a aprovação de projetos e dos Orçamentos anuais.
Pedro Nuno Santos, líder do PS, afirmou que a sigla “será oposição”. Segundo ele, qualquer tentativa de recriar a “geringonça” seria reprovada pela direita. A “geringonça” foi a coalizão formada em 2015 que possibilitou que o PS constituísse governo. Além dos socialistas, participaram a CDU (Coligação Democrática Unitária) –formada por PCP (Partido Comunista Português) e PEV (Partido Ecologista “Os Verdes”)– e o BE (Bloco de Esquerda).