O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha também se pronunciou, qualificando o processo eleitoral russo como uma “pseudo-eleição”
No último domingo, 15, Vladimir Putin foi reeleito como presidente da Rússia, em um pleito que gerou críticas e questionamentos por parte de líderes globais. Com uma votação que lhe garantiu 87% dos votos e um comparecimento recorde de 73,3% dos eleitores, Putin assegura mais seis anos no cargo, conforme apontam pesquisas de boca de urna e dados da Comissão Eleitoral Central.
Segundo a Folha de São Paulo, no entanto, diversas autoridades ao redor do mundo classificaram o processo eleitoral como ilegítimo e carente de independência. O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, expressou sua descrença na legitimidade das eleições, sugerindo que Putin deveria estar respondendo a julgamento em Haia.
“Não há legitimidade nesta imitação de eleições e não pode haver. Essa pessoa deveria estar sendo julgada em Haia”. Volodimir Zelenski presidente da Ucrânia.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, em comunicado da Casa Branca, destacou que as eleições na Rússia não foram livres nem justas, enfatizando a prisão de opositores políticos e a obstrução de outros candidatos em competir contra Putin.
“As eleições obviamente não são livres nem justas, dada a forma como o Sr. Putin aprisionou opositores políticos e impediu outros de concorrerem contra ele”. porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Casa Branca.
O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha também se pronunciou, qualificando o processo eleitoral russo como uma “pseudo-eleição” e ressaltando o caráter autoritário do governo de Putin, marcado pela censura, repressão e violência. Além disso, denunciou a realização de eleições em territórios ocupados da Ucrânia, considerando-as nulas e violações do direito internacional.
“A pseudo-eleição na Rússia não é nem livre nem justa, o resultado não surpreende ninguém. O governo de Putin é autoritário, ele depende da censura, repressão e violência. A ‘eleição’ nos territórios ocupados da Ucrânia é nula e sem efeito e constitui outra violação do direito internacional”. Ministério das Relações Exteriores, Alemanha.
O Reino Unido, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, condenou a Rússia por realizar eleições ilegais em território ucraniano, reiterando seu compromisso em fornecer ajuda humanitária, econômica e militar aos ucranianos que defendem sua democracia.
“Ao realizar ilegalmente eleições em território ucraniano, a Rússia demonstra que não está interessada em encontrar um caminho para a paz. O Reino Unido continuará a fornecer ajuda humanitária, econômica e militar aos ucranianos que defendem sua democracia”. Ministério das Relações Exteriores, Reino Unido.