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Estadão crítica ações de Lula e diz que ele é o verdadeiro CEO da Petrobras 

O jornal termina sua avaliação do cenário na estatal pondo em dúvida se a nova presidente respeitará a posição do governo em questões comerciais, como no caso do preço dos combustíveis

Foto: Reprodução

Ao analisar a nova troca de comando na Petrobras, o jornal O Estado de São Paulo observou que o verdadeiro CEO da empresa é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o veículo de imprensa, para que Magda Chambriard se mantenha no posto de presidente da estatal será necessário que ela obedeça “cegamente ao chefe” do Executivo, sem questionar ou hesitar. 

Segundo Pleno News, publicado nesta segunda-feira (27), o título do editorial traz uma fala do próprio ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, concedida ao jornal: “Todos sabem o que o governo quer da Petrobras”. De acordo com o periódico, o ministro concedeu um punhado de entrevistas próximas à aprovação de Chambriard “com o ostensivo propósito de frisar que quem manda na companhia é o governo, não seus executivos nem muito menos os acionistas privados”.

O editorial ainda cita que, em tais entrevistas, Silveira “atribuiu à Lava Jato a ruína da Petrobras, quando todos sabem que a empresa foi ao brejo por causa do seu escancarado uso político pelos governos petistas; e considerou ‘corretos’ justamente os megalomaníacos planos desenvolvimentistas de Lula e Dilma Rousseff que dilapidaram a empresa”.

“Portanto, devemos agradecer ao ministro pela transparência. Ninguém mais no Brasil pode dizer que não foi avisado das intenções de Lula na Petrobras. É verdade que a Petrobras é controlada pela União, razão pela qual seria ingenuidade supor que a empresa fosse atuar sem levar em conta os interesses do governo. Por outro lado, essa característica não significa que o governo possa fazer da estatal o que bem entender, porque uma má administração desta que é a maior empresa do país gera prejuízos para todos”, assinala o veículo.

Para o Estadão, Jean Paul Prates, antecessor de Chambriard, foi demitido de “forma sumária apesar de fazer quase tudo o que seu chefe mandou”, o que indica que não basta “concordar”, é preciso “ser veloz na execução e não questionar”.

“O ministro Silveira sustenta que a Petrobras não é só uma empresa de petróleo e que tem outras obrigações com o Brasil, mesmo se tiver de renunciar ao lucro. Cita a produção de gás e fertilizantes, além do refino, para enfatizar que caberá ao presidente Lula, o verdadeiro CEO da empresa, a decisão final sobre os investimentos. Logo, a nova presidente da Petrobras deve obedecer cegamente ao chefe, algo que, segundo Silveira, Magda Chambriard certamente fará, porque “as mulheres, quando pegam essa missão, o fazem com muito zelo”, acrescentou.

O jornal termina sua avaliação do cenário na estatal pondo em dúvida se a nova presidente respeitará a posição do governo em questões comerciais, como no caso do preço dos combustíveis. Mas frisou que, segundo indicou Silveira, Magda terá a “humildade” de fazer tudo o que o controlador ordenar.

Aline Coelho

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