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Lula diz que a única coisa desajustada no Brasil é o comportamento do Banco Central 

Essas críticas ocorreram enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se prepara para decidir sobre a taxa Selic

Foto: Reprodução

Em recente entrevista à rádio CBN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chamando sua postura de “incoerente” e acusando-o de falta de “autonomia” e inclinações “políticas”. Lula questionou a alta taxa de juros, considerando-a injustificada e prejudicial ao progresso nacional.

“Nós só temos uma coisa no Brasil desajustada nesse instante: o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Um presidente do Banco Central que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar do que para ajudar o país. Porque não tem explicação a taxa de juros do jeito que está”, afirmou.

Essas críticas ocorreram enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se prepara para decidir sobre a taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano. Lula expressou descontentamento com a possibilidade de manutenção dessa taxa, argumentando que ela desestimula investimentos.

“Eu tenho muito tempo de experiência, eu já lidei muito tempo com o Banco Central. E o [Henrique] Meirelles é o meu presidente do Banco Central e eu duvido que esse Roberto Campos tenha mais autonomia que tinha o Meirelles. Duvido. O que é importante ver é a quem esse rapaz é submetido. Como ele vai a uma festa em São Paulo quase que assumindo a candidatura a um cargo do governo de São Paulo? Cadê a autonomia dele?”, questionou Lula.

Lula também mencionou um jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em homenagem a Campos Neto, levantando dúvidas sobre sua independência política e comparando-o desfavoravelmente a Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central em seu governo. Ele questionou se Campos Neto seguiria o exemplo de Sergio Moro, que deixou a magistratura para se tornar ministro do governo Bolsonaro.

Aline Coelho

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