Biden reconheceu suas debilidades, dificuldade de fala, ao andar, mas assessor assegurou que não haverá desistência
Após um desempenho considerado fraco no debate contra Donald Trump, transmitido pela CNN americana, parte da imprensa dos EUA pediu, em editoriais publicados nesta sexta-feira (28), que o presidente Joe Biden desista de sua candidatura à reeleição.
O The New York Times destacou que Biden teve dificuldades para concluir frases. O jornal, amplamente reconhecido como um dos mais influentes dos Estados Unidos, considerou Trump uma ameaça e sugeriu que Biden abandone a corrida presidencial. O periódico descreveu Biden como “a sombra de um grande servidor público”.
“Era necessário que o presidente convencesse o público americano de sua capacidade. No entanto, ficou evidente: Biden não é o mesmo de quatro anos atrás. Ele parecia a sombra de um grande servidor público (…) Em várias ocasiões, esforçou-se para terminar uma frase”, publicou o NYT.
O editorial do jornal concluiu: “O maior serviço público que Biden pode prestar agora é anunciar que não buscará a reeleição”.
O The Wall Street Journal também recomendou que os democratas reconsiderem a candidatura de Biden, classificando seu desempenho no debate como “cambaleante” e afirmando que ele parecia totalmente desorientado.
“O desempenho vacilante do presidente Biden no debate demonstrou claramente que ele não está preparado para mais quatro anos no cargo. Pelo bem do país, e até mesmo de seu partido, os democratas precisam refletir seriamente sobre a necessidade de substituir o topo de sua chapa”, opinou o WSJ.
O jornal continuou com as críticas: “Ele ainda consegue se lembrar de algumas falas ou políticas ocasionalmente. Mas sem um roteiro fornecido por seus assessores e sem seu teleprompter habitual, o presidente parecia e soava perdido”.
A revista Time publicou uma capa com Biden, retratando-o como um presidente supostamente de saída, com a legenda “Pânico”. A publicação também criticou o desempenho de Biden no debate promovido pela CNN.