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Advogado de Bolsonaro relembra vídeo em que Lula fala dos 11 contêineres de presentes que levou 

À época, o caso foi tratado como uma infração administrativa, dada a ambiguidade da lei

Foto: Reprodução

O advogado Fabio Wajngarten utilizou as redes sociais nesta sexta-feira (5) para expor um vídeo onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fala sobre os presentes que acumulou durante seus primeiros mandatos. No vídeo, Lula menciona que deixou a Presidência com 11 contêineres de acervo.

“Sabe o que é alguém sair da Presidência com 11 contêineres de acervo sem ter onde pôr? Sabe o que é sair com cadeira, com trono, com papel, com tudo que vocês possam imaginar? Porque se somar todos os presidentes da história desse país, desde Floriano Peixoto, eu fui o que mais ganhou presente porque viajei mais, porque trabalhei mais, porque viajei o mundo. Eu tenho até trono da África! O que eu faço com isso?” diz Lula no vídeo.

Wajngarten questionou a ausência de críticas a Lula. Na quinta-feira, 4, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 11 aliados, incluindo Fabio, foram indiciados pelo caso da suposta venda de joias da Presidência da República. Entre os nomes apontados pela Polícia Federal (PF) estavam assessores próximos do ex-presidente e do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, além do ex-ajudante de ordens da Presidência tenente-coronel Mauro Cid.

Segundo Sérgio Moro, Lula não foi indiciado por peculato por se apropriar de presentes que recebeu na Presidência, à época dos 11 contêineres. Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei.

Bolsonaro foi indiciado pelos supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Os indiciamentos ocorrem no contexto da Operação Lucas 12:2, que teve a primeira fase deflagrada em agosto do ano passado e vasculhou endereços ligados ao advogado Fred Wassef e ao general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid. A operação apontou que Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens e outros dois assessores “atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente para posteriormente serem vendidos no exterior”, segundo informações do Estadão.

Aline Coelho

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