A concessão desse status, equivalente ao de chefe de Estado, gerou um desgaste significativo na diplomacia brasileira
Nesta terça-feira, 23, a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, informou que a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, recebeu a credencial necessária para representar o governo brasileiro na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. A concessão desse status, equivalente ao de chefe de Estado, gerou um desgaste significativo na diplomacia brasileira.
A obtenção da credencial para Janja envolveu uma série de complicações. Inicialmente, o governo brasileiro não cumpriu os prazos para enviar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) os dados sobre a comitiva oficial que representaria o Brasil. A expectativa era que o presidente Lula estivesse presente em Paris, mas a falta de comunicação levou à suspensão da emissão de credenciais.
De última hora, o presidente Lula decidiu enviar Janja como sua representante, o que desencadeou uma mobilização de diplomatas e dirigentes esportivos. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley Teixeira, teve que intervir e enviar uma carta ao COI solicitando que a primeira-dama fosse aceita em todos os eventos oficiais.
O COI, ao emitir a credencial para Janja, destacou que estava fazendo uma “exceção especial” para o governo brasileiro. Com a credencial em mãos, a primeira-dama desembarcará em Paris nesta quinta-feira, 25. Ela participará de um jantar oferecido a chefes de Estado pelo COI no mesmo dia e, no dia seguinte, estará presente na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que ocorrerá no Rio Sena.
Essa movimentação diplomática destaca a importância das formalidades e prazos na arena internacional, bem como o papel fundamental dos representantes nacionais em eventos de grande porte como os Jogos Olímpicos.