A insegurança alimentar é definida pela ONU como o acesso limitado a alimentos devido à falta de recursos financeiros ou outros meios
A ONU divulgou, nesta quarta-feira, 24, o relatório “Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo”, destacando que aproximadamente 14 milhões de pessoas no Brasil enfrentaram insegurança alimentar grave entre 2021 e 2023, representando 6,6% da população. Esse número é uma redução em relação ao triênio anterior (2020 a 2022), quando 21 milhões de pessoas (9,9% da população) estavam em situação de insegurança alimentar grave.
O relatório também apontou que, no período de 2021 a 2023, cerca de 39,2 milhões de pessoas (18,4% da população) estavam em insegurança alimentar grave e moderada, uma queda de 44% em relação aos 70,3 milhões de brasileiros (22% da população) afetados no triênio de 2020 a 2022, durante o auge da pandemia de Covid-19.
Apesar dessa melhora, o Brasil ainda não conseguiu sair do Mapa da Fome da ONU, que considera a subnutrição para determinar a classificação. No triênio de 2021 a 2023, 3,9% da população (8,4 milhões de brasileiros) estava em estado de subnutrição, uma pequena redução em relação aos 4,2% do período anterior, mas ainda acima do índice de 2,5% necessário para que um país seja retirado do Mapa da Fome.
A insegurança alimentar é definida pela ONU como o acesso limitado a alimentos devido à falta de recursos financeiros ou outros meios. A gravidade da insegurança alimentar é medida pela FIES-SM (Food Insecurity Experience Scale Survey Module).
A situação no Brasil piorou durante a pandemia de Covid-19 e o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas houve uma recuperação parcial mais recentemente, apesar de o país ainda enfrentar desafios significativos na área da segurança alimentar.