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Assessor especial de Lula busca informações na Venezuela para posicionamento sobre eleições 

Amorim pretende se reunir com representantes do governo Maduro, observadores internacionais e líderes da oposição para obter informações mais detalhadas sobre o processo eleitoral antes de definir a posição brasileira

Foto: Reprodução

O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, Celso Amorim, estenderá sua estadia na Venezuela para buscar esclarecimentos sobre as eleições presidenciais, diante das acusações de fraude na vitória de Nicolás Maduro. Amorim, que viajou ao país para acompanhar o pleito, ficará até pelo menos terça-feira, 29 de julho, em vez de retornar na segunda-feira, como inicialmente previsto.

Amorim pretende se reunir com representantes do governo Maduro, observadores internacionais e líderes da oposição para obter informações mais detalhadas sobre o processo eleitoral antes de definir a posição brasileira. Ele ressaltou a necessidade de transparência e acesso às atas verificadas de cada mesa eleitoral para confirmar a legitimidade do pleito.

“Sem obter as atas verificadas de cada mesa eleitoral, será ‘difícil’ reconhecer o pleito”, afirmou Amorim, citando uma frase de um pensador romano: “Sou amigo de César, mas sou mais amigo da verdade.”

Na madrugada de segunda-feira, 29 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou a vitória de Nicolás Maduro, com 51,2% dos votos, contra 44,2% do principal opositor, Edmundo González Urrutia, com 80% das urnas apuradas. A oposição, liderada por María Corina Machado e Urrutia, denunciou fraude, alegando que o CNE é controlado pelo governo chavista e que não tiveram acesso às atas eleitorais.

Machado afirmou que as informações obtidas indicam que Urrutia recebeu 70% dos votos e Maduro 30%, questionando a veracidade dos resultados oficiais. Urrutia, por sua vez, prometeu continuar lutando até que a vontade do povo venezuelano seja respeitada, destacando a violação das normas pela ausência das atas completas.

A situação segue tensa, com observadores internacionais e autoridades locais aguardando uma resolução que traga maior clareza e legitimidade ao processo eleitoral na Venezuela.

Aline Coelho

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