Desde segunda-feira, 29, milhares de opositores têm tomado as ruas da Venezuela, clamando por “Liberdade!” e reivindicando a vitória de Edmundo González Urrutia
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, denunciou nesta quarta-feira, 31, uma “escalada cruel e repressiva” promovida pelo regime de Nicolás Maduro. Nas últimas 48 horas, foram registradas 177 prisões arbitrárias, 11 desaparecimentos forçados e 16 mortes, em meio à polêmica das eleições presidenciais do último domingo, 28.
O Poder Eleitoral, alinhado ao regime de Maduro, declarou sua vitória, enquanto a oposição alegava diversas fraudes. Desde segunda-feira, 29, milhares de opositores têm tomado as ruas da Venezuela, clamando por “Liberdade!” e reivindicando a vitória de Edmundo González Urrutia, conforme a contagem feita pela oposição e por representantes internacionais, incluindo pesquisadores brasileiros.
Em um comício realizado na terça-feira, 30, em Caracas, González Urrutia apelou aos militares para que mantivessem a calma diante das manifestações. No mesmo dia, o líder oposicionista Freddy Superlano foi preso pelas autoridades do regime, segundo seu partido Voluntad Popular (VP), que alertou sobre a intensificação da repressão.
A organização de direitos humanos Foro Penal informou que pelo menos 11 civis morreram nos protestos, incluindo dois menores de idade.
Machado utilizou suas redes sociais para denunciar a situação: “Alerto o mundo sobre a escalada cruel e repressiva do regime, que até à data conta com mais de 177 detenções arbitrárias, 11 desaparecimentos forçados e pelo menos 16 assassinatos nas últimas 48 horas”. Ela acrescentou: “Esta é a resposta criminosa de Maduro ao povo venezuelano que saiu às ruas como uma família, como uma comunidade, para defender a sua decisão soberana de ser livre. Estes crimes não ficarão impunes”.