A Secom alegou que uma portaria publicada no final de 2023 proíbe a divulgação para evitar possíveis prejuízos à sociedade
Mais de 30 pesquisas de opinião encomendadas pelo governo federal foram mantidas em sigilo pela administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os documentos cobriam dados desde 2022, quando Jair Bolsonaro (PL) ainda era presidente.
O Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), vinculado à FSB, realizou 33 levantamentos por meio de um contrato de R$ 13 milhões, que venceu a licitação em 2022 e expirou em abril de 2024. As pesquisas abordavam temas diversos, incluindo o extinto programa Auxílio Brasil e questões relacionadas à “conjuntura nacional”, “juventude e universo feminino”, entre outros tópicos.
A pedido do atual governo, foram incluídas pesquisas sobre a avaliação do primeiro ano do terceiro mandato de Lula e a percepção dos brasileiros sobre o conflito no Oriente Médio. Apesar de tentativas de acesso às informações por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) e a Controladoria-Geral da União (CGU) decidiram manter o sigilo.
A Secom alegou que uma portaria publicada no final de 2023 proíbe a divulgação para evitar possíveis prejuízos à sociedade. A CGU justificou o sigilo afirmando que os dados podem influenciar futuras decisões e não devem ser considerados apenas como dados “frios”.
