Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano e a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 4,5%
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou nesta terça-feira, 13, que, embora a taxa de juros no Brasil seja alta, não pode ser considerada “exorbitante”. A declaração foi feita durante uma audiência pública nas comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
Campos Neto explicou que, comparado a outros países, o Brasil possui uma taxa de juros e uma inflação abaixo da média global. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano e a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 4,5%.
Ele reconheceu que a taxa de juros é “absurdamente alta” e destacou que, mesmo que o Banco Central esteja trabalhando com taxas mais baixas do que em períodos anteriores, a taxa de juros neutra no Brasil continua sendo elevada. “Se a taxa de juros neutra fosse mais baixa, teríamos uma taxa de juros mais baixa também”, explicou Campos Neto.
O presidente do Banco Central também mencionou que a alta taxa de juros tem um efeito de “frear a economia”, mas observou que o Brasil tem apresentado um crescimento econômico “surpreendentemente positivo”.
Ele reiterou que a meta de inflação para 2024 é de 3%, com uma variação permitida de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, e que a decisão sobre o mandato da inflação é de responsabilidade do governo federal, enquanto o Banco Central se concentra em atingir essa meta com liberdade operacional.