A reportagem relatou que o gabinete de Moraes solicitou, de forma não oficial, relatórios ao setor de combate à desinformação do TSE durante e após as eleições de 2022
Após a divulgação de uma reportagem da Folha de S.Paulo, que apontou que o ministro Alexandre de Moraes teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar bolsonaristas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) saíram em defesa de Moraes. Eles destacaram que o ministro é um magistrado consciente e que suas ações têm sido adequadas.
Três ministros do STF, em conversa com a CNN, enfatizaram a normalidade das trocas de mensagens de Moraes com funcionários e compararam a situação com a “Vaza Jato”, que revelou contatos do ex-juiz Sérgio Moro com membros do Ministério Público Federal.
A reportagem relatou que o gabinete de Moraes solicitou, de forma não oficial, relatórios ao setor de combate à desinformação do TSE durante e após as eleições de 2022. Em resposta, a oposição no Congresso Nacional planeja apresentar um pedido de impeachment contra Moraes em setembro. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) explicou que a decisão de aguardar se baseia em dois motivos: a necessidade de novos fatos e a coleta de assinaturas para fortalecer o pedido.
Girão revelou que a equipe está incluindo os novos fatos da reportagem da Folha e que o pedido será entregue ao presidente do Senado em 9 de setembro. Além disso, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi protocolada na Câmara para investigar possíveis abusos de autoridade, e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) informou que requisitará ao jornalista Glenn Greenwald o acesso completo aos materiais mencionados na reportagem. Outros políticos bolsonaristas, como a senadora Damares Alves e os deputados Marcel Van Hattem, Ubiratan Sanderson e Carol de Toni, também reagiram à matéria.