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Moraes se defende das acusações e diz que seria “esquizofrênico” se “auto-oficiar”

O ministro afirmou que as solicitações de relatórios ao TSE eram necessárias para a preservação de conteúdos relevantes para as investigações

Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira, 14, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes se manifestou sobre as alegações de que teria usado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de maneira não oficial para embasar investigações conduzidas por ele no STF. Moraes disse que seria “esquizofrênico” se “auto-oficiar”.

De acordo com Moraes, enquanto presidia o TSE, ele tinha o poder de determinar a elaboração de relatórios no exercício de suas funções. Ele explicou que todos os procedimentos realizados estavam documentados nos autos dos processos de investigação, como os inquéritos das fake news e das milícias digitais.

O ministro afirmou que as solicitações de relatórios ao TSE eram necessárias para a preservação de conteúdos relevantes para as investigações, que poderiam ser apagados se não fossem preservados a tempo. Moraes alegou que a preservação dos dados poderia ser feita por meio de pedidos à Polícia Federal (PF) ou diretamente ao TSE, sendo a última opção mais eficiente devido à falta de colaboração da PF na época.

A reportagem da Folha de S.Paulo revelou que o gabinete de Moraes teria solicitado pelo menos 20 vezes a produção de relatórios de forma não oficial por meio do setor de combate à desinformação do TSE. No entanto, a documentação obtida indicou que esses pedidos eram feitos por juízes auxiliares ou por denúncias anônimas, e não diretamente por Moraes ou seu gabinete.

Moraes enfatizou que a reportagem não o preocupa, pois todos os procedimentos estavam devidamente documentados e realizados no âmbito das investigações existentes.

Aline Coelho

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