Entre os 1.503 detidos, a maioria é composta por opositores do governo
Desde a realização da eleição presidencial na Venezuela, em 28 de julho, o regime de Nicolás Maduro intensificou a repressão, resultando na prisão de mais de 1.500 pessoas, conforme dados da ONG Foro Penal, que atua na defesa dos direitos humanos no país. Entre os 1.503 detidos, a maioria é composta por opositores do governo, incluindo 129 adolescentes, 14 indígenas, 200 mulheres e 18 pessoas com deficiência.
O Distrito Capital, onde está localizada a capital Caracas, lidera o número de detenções com 315 casos, seguido pelos estados de Carabobo (196), Anzoátegui (113), Aragua (107) e Miranda (89). A repressão não poupa sequer defensores de direitos humanos. Henry Gómez Fernández, advogado e ativista indígena do estado do Amazonas, foi preso em Puerto Ayacucho. Outro caso alarmante é o de Edward Ocariz, ativista vinculado ao partido Primero Justicia, que foi detido em sua casa em Caracas sem qualquer acusação formal, deixando sua família sem informações sobre os motivos de sua prisão.
A escalada das prisões revela a crescente violência política no país, onde o governo de Maduro intensifica o cerco contra seus opositores, utilizando a repressão como ferramenta para manter o controle.