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Haddad defende crescimento acima da média mundial: “Não há razão para o Brasil não crescer acima da média mundial”

Ele reforçou que o crescimento deve ser pensado de maneira “orgânica” para assegurar sua qualidade e sustentabilidade a longo prazo

Foto: Reprodução

Durante o evento Macro Day 2024, organizado pelo banco BTG Pactual em São Paulo nesta terça-feira, 20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil tem todas as condições para crescer ao mesmo ritmo ou até acima da média mundial. Haddad destacou que o país, após uma década de crescimento modesto, está em posição de iniciar um ciclo de expansão sustentável, impulsionado por reformas estruturais como a Reforma Tributária e o novo marco fiscal.

“O Brasil, depois de dez anos crescendo 1,5% ao ano, e temos per capita menos que isso, 0,5% ao ano, pode abrir um ciclo de crescimento sustentável no Brasil. Nós precisamos crescer. E ninguém está falando de crescer na média mundial, mas um pouco acima da média mundial. Não há razão nenhuma para o Brasil não crescer igual ou acima da média mundial, com todo o potencial que a economia brasileira tem”, defendeu.

Haddad argumentou que o crescimento econômico deve ser responsável e planejado. Ele afirmou que, embora o Brasil tenha enfrentado uma restrição monetária severa, com altas taxas de juros reais, e um estímulo fiscal que não gerou os resultados esperados, o país está preparado para “decolar”. O ministro enfatizou a necessidade de reduzir gradualmente o estímulo fiscal e investir em uma formação bruta de capital robusta, além de fortalecer o mercado de trabalho.

Além disso, Haddad sugeriu que a revisão de programas sociais será essencial para garantir que os benefícios cheguem às pessoas certas, sem criar desequilíbrios econômicos. Ele reforçou que o crescimento deve ser pensado de maneira “orgânica” para assegurar sua qualidade e sustentabilidade a longo prazo.

As declarações de Haddad reforçam o otimismo do governo em relação ao futuro econômico do Brasil, enquanto também apontam para a necessidade de ajustes fiscais e revisão de políticas públicas para garantir um crescimento sustentável e inclusivo.

Aline Coelho

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