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Boulos diz que não sabia do Hino Nacional cantado com pronome neutro

A responsabilidade pelo ocorrido foi atribuída exclusivamente à produtora

Foto: reprodução

A campanha de Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, se manifestou para esclarecer que não teve qualquer envolvimento na controversa interpretação do Hino Nacional em linguagem neutra, apresentada durante um comício no último fim de semana. Em nota oficial, a equipe de Boulos afirmou que o candidato “não sabia” da alteração na letra da canção que é símbolo nacional.

O comunicado enfatiza que a campanha não solicitou, nem autorizou, a mudança na letra do Hino Nacional, interpretado na abertura do evento realizado no sábado (24) na Zona Sul de São Paulo. “A campanha, em momento algum, solicitou ou autorizou alteração na letra do Hino Nacional interpretado na abertura do comício”, esclareceu a nota.

A responsabilidade pelo ocorrido foi atribuída exclusivamente à produtora que organizou o comício. “A produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional”, afirmou o comunicado.

A cantora Yurungai foi a protagonista do episódio, utilizando palavras como “filhe” e “filhes” em substituição a “filho” e “filhos” durante a execução do hino, como em “verás que filhe teu não foge à luta” no lugar de “verás que um filho teu não foge à luta” e “des filhes deste solo” ao invés de “dos filhos deste solo”. O vídeo desse momento rapidamente se tornou viral nas redes sociais na terça-feira (27), levando à sua remoção do canal de YouTube de Boulos, onde o evento foi originalmente transmitido. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava presente no evento.

A polêmica levantou questões sobre o cumprimento das normas estabelecidas pela Lei 5.700/1971, que, em seu parágrafo 5° do art. 25, determina que “em qualquer hipótese, o Hino Nacional deverá ser executado integralmente e todos os presentes devem tomar atitude de respeito”. Além disso, o art. 35 da mesma lei estipula que qualquer violação a essas normas é considerada contravenção, sujeita a pena de multa.

A repercussão do caso levou a campanha de Boulos a tomar medidas para distanciar-se do ocorrido, buscando evitar maiores danos à imagem do candidato nas vésperas da eleição.

Aline Coelho

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