O indicado é considerado um aliado próximo de Lula
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira, 28, a indicação de Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central (BC). O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante um evento no Palácio do Planalto. Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de política monetária do BC, ainda precisa ser aprovado pelo Senado Federal. Para tanto, ele será submetido a uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e seu nome será submetido a uma votação secreta no plenário da Casa. Caso sua indicação seja confirmada, Galípolo substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato de quatro anos termina em dezembro deste ano.
A indicação de Galípolo ocorre em um momento de atenção para os gastos do governo. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) apresentou um requerimento de explicações sobre a despesa de R$ 1,8 milhão realizada pelo governo Lula para a compra de cortinas e persianas, tanto manuais quanto motorizadas, para diversos edifícios presidenciais, incluindo o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Jaburu, a Granja do Torto e o Pavilhão das Metas. O valor inclui a compra, instalação, manutenção e reparo dos itens, com o governo justificando a necessidade do gasto devido a danos nos equipamentos do Palácio do Planalto, além de motivos relacionados ao conforto e à proteção dos móveis contra danos causados pelo sol.
Nas redes sociais, Nikolas Ferreira comunicou as ações que tomou em relação à despesa. “Entrei com uma ação popular e fiz um requerimento de informações para investigar o gasto de R$ 1,8 milhão em cortinas e persianas nos palácios da Presidência. O governo justificou que esse valor é necessário para dar conforto e segurança às pessoas que usam as salas e para proteger os móveis dos danos causados pelo sol”, escreveu o deputado no X (antigo Twitter). Ele destacou que suas ações têm como foco assegurar a utilização responsável dos recursos públicos.
Com formação em Ciências Econômicas e um mestrado em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Gabriel Galípolo é considerado um aliado próximo de Lula.
