O presidente também confrontou críticas relacionadas aos gastos governamentais com benefícios sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que até o final de seu terceiro mandato, o botijão de gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, será incluído na cesta básica dos brasileiros. Em entrevista à rádio MaisPB, nesta sexta-feira, 30, Lula afirmou que a medida beneficiará 21,6 milhões de famílias, garantindo que o gás seja oferecido gratuitamente até 2026.
Ao responder críticas sobre o custo da medida, Lula rebateu: “Quando faz benefício para povo pobre, custa caro.” Ele destacou que o gás de cozinha é um item essencial para a população, assim como o feijão e o arroz: “O gás tem que ser tratado como algo elementar. Da mesma forma que o cidadão quer feijão, quer arroz, ele precisa do gás para cozinhar tudo isso.”
Lula também confrontou críticas relacionadas aos gastos governamentais com benefícios sociais, afirmando que o verdadeiro custo elevado no país é a dívida pública e o pagamento de juros: “Não fui eleito pelo mercado, acho que eles nunca votaram em mim. Então, eu não governo para o mercado, governo para o povo.”
Em declarações anteriores, durante um evento no Ministério de Minas e Energia na última segunda-feira, 26, Lula já havia defendido a inclusão do gás de cozinha na cesta básica, argumentando que a Petrobras deveria garantir o fornecimento de gás ao invés de queimá-lo: “O gás é barato. A Petrobras não tem o direito de queimar gás. Ela tem o direito de trazer o gás e colocar o gás à disposição desse povo. Para que o povo pobre possa fazer comida, se não vai fazer a volta à lenha.”
A medida faz parte de um conjunto de políticas sociais defendidas por Lula para reduzir as desigualdades e melhorar as condições de vida das famílias de baixa renda no Brasil.