O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para uma onda de calor que atinge 11 estados e o Distrito Federal
O Brasil enfrenta um dos mais severos períodos de seca, com vastas áreas do país encobertas pela fumaça de queimadas. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alerta que as chuvas devem demorar para chegar, com previsão de volumes insignificantes nos próximos 14 dias nas áreas mais afetadas.
A situação é crítica em várias capitais. Belo Horizonte (MG) lidera com 144 dias sem chuvas, seguida por Brasília (DF), com 140 dias, e Goiânia (GO), com 138 dias. Cuiabá (MT) e Palmas (TO) também sofrem, com 115 e 113 dias sem precipitações, respectivamente.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para uma onda de calor que atinge 11 estados e o Distrito Federal. A região Centro-Oeste é a mais afetada, com grande perigo para baixa umidade e calor extremo em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. O calor persistente deve elevar as temperaturas em até 5 ºC acima da média, e a umidade relativa do ar pode cair abaixo de 12%.
No Sudeste, as regiões de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro também estão sob alerta, com a previsão de umidade do ar abaixo de 12% em alguns locais. No Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul enfrentam o calor até quinta-feira (12), enquanto o Paraná segue em alerta de grande perigo até sexta-feira.
A região Nordeste, especialmente as áreas litorâneas, tem uma situação menos preocupante, mas há riscos de vendavais e ventos costeiros em alguns estados. No Norte, Rondônia e o sul do Amazonas devem enfrentar temperaturas 5 ºC acima da média, com baixa umidade persistente no Pará, Acre e Amazonas.
“A região central e sul da Amazônia não deve registrar chuvas significativas nos próximos dias, o que agrava as queimadas”, explica Marcelo Seluchi, coordenador de Operações e Modelagem do Cemaden. A previsão é de que a seca no Centro-Norte do Brasil se prolongue pelos próximos três meses, agravando ainda mais os incêndios florestais.
(Com informações de Alan Cardoso, Guilherme Gama e Beto Souza, da CNN)