O senador, que se separou recentemente e tem uma filha, evita dar mais detalhes sobre as ameaças
Em uma recente entrevista, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) compartilhou sua preocupação com possíveis ameaças à sua vida, uma situação que o levou a passar as noites no prédio do Senado Federal desde o dia 3 de setembro. O parlamentar alega que sua decisão é motivada pelo medo de ser assassinado, além de enfrentar dificuldades financeiras após o bloqueio de seu salário, ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nos bastidores do crime, sou o próximo PC Farias. É muito provável que serei assassinado”, declarou do Val nesta segunda-feira, 9, ao site Poder360, referindo-se a Paulo César Siqueira Cavalcante Farias, o PC Farias, que foi o tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello e acabou morto em 1996 em circunstâncias misteriosas.
Embora prefira não identificar quem estaria interessado em sua morte, do Val expressa grande preocupação com a segurança de sua família e afirma que o motivo seria seu conhecimento excessivo sobre certos assuntos. O senador, que se separou recentemente e tem uma filha, evita dar mais detalhes sobre as ameaças.
Sobre a questão financeira, do Val conseguiu uma vitória parcial após diálogo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Moraes autorizou o desbloqueio de 30% de seu salário, permitindo que o senador tenha acesso a valores necessários para sua sobrevivência. O bloqueio das contas bancárias, ordenado por Moraes em 8 de agosto, e a suspensão de suas redes sociais ocorreram devido a suspeitas de obstrução de justiça relacionadas a postagens sobre o delegado da Polícia Federal Fábio Schor, que lidera investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).