Molina declarou que as imagens suprimidas eram cruciais, pois mostravam que a reação de Roberto foi provocada por uma agressão prévia
A família Mantovani, acusada de hostilizar o ministro do STF Alexandre de Moraes em Roma, recusou o Acordo de Não Persecução Penal proposto pela Procuradoria Geral da República (PGR), que previa confissão de crimes de calúnia e injúria real em troca de medidas alternativas à prisão. O advogado da família, Ralph Tórtima, baseia a defesa em imagens de câmeras de segurança que mostram Alexandre Barci, filho do ministro, supostamente agredindo primeiro Roberto Mantovani com um tapa na nuca, em 14 de julho de 2023.
Essa nova versão do incidente foi revelada no dia 26 de agosto, com base em um laudo técnico assinado pelo perito Ricardo Molina de Figueiredo. Molina, que assistiu às gravações na sede do STF junto com o advogado Tórtima e outros representantes, afirmou que as imagens inicialmente apresentadas no caso omitiram cenas que mostravam Barci agredindo Roberto Mantovani antes do movimento instintivo de defesa que resultou em contato com os óculos do filho do ministro.
Molina declarou que as imagens suprimidas eram cruciais, pois mostravam que a reação de Roberto foi provocada por uma agressão prévia, contradizendo a narrativa de que a família Mantovani foi a primeira a agir. Após o ocorrido, Moraes teria xingado o genro de Mantovani, Alex Zanatta, de “bandido”. Essas imagens, entretanto, permanecem sob sigilo.
Diante da impossibilidade de confessar atos que negam ter ocorrido, a defesa dos Mantovani se recusou a apresentar qualquer contraproposta ao acordo, solicitando o prosseguimento do processo judicial. O caso está sob a relatoria do ministro Dias Toffoli.