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Na ONU, Lula critica países ricos, exalta Palestina e pede regulação de IA

Ele destacou a importância de manter a soberania dos países e denunciou sanções injustas que prejudicam populações vulneráveis

Foto: Reprodução

Em seu pronunciamento durante a abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira, 24, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou o crescente uso descontrolado da força ao redor do mundo, criticando a falta de respaldo legal em ações militares. Ele destacou a importância de manter a soberania dos países e denunciou sanções injustas que prejudicam populações vulneráveis, como o embargo econômico contra Cuba.

O presidente brasileiro manifestou sua indignação com o tratamento dado à Palestina, exaltando a presença da delegação palestina e condenando a escalada do conflito na região. Segundo Lula, o direito à autodefesa se transformou em uma perigosa justificativa para represálias coletivas, que agravam a crise. Ele também condenou os ataques israelenses contra o Líbano e ressaltou a necessidade de um cessar-fogo imediato.

No campo econômico, Lula voltou a defender a taxação dos super-ricos e a criação de um imposto global para reverter o crescente abismo social, destacando que a concentração de riquezas dobrou nas últimas décadas. Também apresentou a Aliança Global contra a Fome, sua principal bandeira para o G20, com o objetivo de reunir o máximo de apoio internacional até a cúpula no Rio de Janeiro em novembro.

O presidente reafirmou seu compromisso com o combate às mudanças climáticas, destacando a situação das queimadas no Brasil e prometendo erradicar o desmatamento até 2030. Lula reiterou que o Brasil não transferirá suas responsabilidades ambientais e que soluções devem incluir a participação ativa das comunidades indígenas.

Ao mencionar a crise da Ucrânia, Lula lamentou a continuidade do conflito e reforçou a necessidade de negociações diretas entre as partes. Ele apontou que o Brasil, ao lado da China, busca intermediar um diálogo de paz e apresentou uma proposta para discussões multilaterais que ocorrerão ainda nesta semana em Nova York, sem a presença de líderes russos ou ucranianos.

Aline Coelho

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