O Partido dos Trabalhadores lançou candidatos em 13 capitais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mantido um envolvimento limitado com os candidatos da sua base nas eleições municipais deste ano, o que tem gerado insatisfação entre os correligionários. Apesar de ser a principal figura da esquerda brasileira, Lula não tem comparecido a muitos eventos eleitorais e tem se limitado a gravações e fotos de apoio. Até agora, ele esteve presente em atos de campanha em apenas três cidades: São Paulo, São Bernardo do Campo (SP) e Fortaleza (CE).
De acordo com informações do portal UOL, pessoas próximas ao presidente apontam três motivos para essa postura: sua agenda lotada, a necessidade de equilibrar ciúmes entre os candidatos e o desejo de evitar muita exposição pública. No último fim de semana, Lula cancelou compromissos eleitorais, reforçando a percepção de distanciamento. Internamente, o clima no PT é de frustração, apesar de os candidatos não manifestarem publicamente suas queixas.
O Partido dos Trabalhadores lançou candidatos em 13 capitais, incluindo figuras como Maria do Rosário (Porto Alegre), Natália Bonavides (Natal) e Fábio Novo (Teresina), que esperavam maior engajamento do presidente.
Por outro lado, a direita brasileira tem mostrado maior ativismo eleitoral. Nomes como Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) e Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, têm atuado como importantes cabos eleitorais, ampliando sua presença em várias regiões do país. Em contraste, Janja, esposa de Lula, tem tido um papel discreto. Embora tivesse afirmado que se envolveria nas eleições, a primeira-dama não participou de eventos relevantes, o que também gerou frustração entre as candidatas femininas do PT que contavam com seu apoio.
A direita, portanto, aproveita a lacuna deixada pela menor participação de Lula e Janja, enquanto o PT busca ajustar suas estratégias em meio a expectativas não correspondidas.