A Polícia Civil de São Paulo confirmou a falsificação do documento
Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, enfrenta a possibilidade de ficar inelegível por até 8 anos após publicar um receituário falso alegando que seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL), teria usado cocaína. A avaliação foi feita pela advogada eleitoral Marilda Silveira, durante uma live no Poder360 neste domingo, 6. Marçal, que terminou em 3º lugar com 28,14% dos votos, pode enfrentar uma situação semelhante à de Jair Bolsonaro (PL), declarado inelegível em 2023 por abuso de poder político.
Silveira explicou que, caso Marçal seja condenado por fraude, como resultado das acusações a Boulos, ele pode ser banido das eleições pelos próximos 8 anos, mesmo sem ter vencido o pleito. “Se condenado, Marçal ficaria inelegível como Bolsonaro, que também não foi eleito, mas o processo continuou”, afirmou a advogada.
A polêmica começou na sexta-feira, 4, quando Marçal publicou o receituário falso, cuja assinatura pertencia ao médico já falecido José Roberto de Souza. No dia seguinte, a Polícia Civil de São Paulo confirmou a falsificação do documento. Boulos reagiu rapidamente e entrou com uma notícia-crime contra Marçal na Justiça Eleitoral, levando o TRE-SP a suspender perfis ligados ao candidato no Instagram.
Marçal nega envolvimento direto com o documento, atribuindo sua publicação ao advogado. Ele deverá depor à Polícia Civil, enquanto a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso.