A decisão unânime confirma a escolha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir Roberto Campos Neto
O economista Gabriel Galípolo foi aprovado nesta terça-feira, 8, pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para assumir a presidência do Banco Central. A decisão unânime confirma a escolha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir Roberto Campos Neto, que deixará o cargo no fim de 2024.
A próxima etapa será a votação no plenário, ainda prevista para o mesmo dia. A expectativa é que Galípolo tenha uma aprovação tranquila, dado que o Senado nunca rejeitou um nome indicado para o comando da instituição. Caso receba o aval dos senadores, ele ocupará o cargo por um mandato de quatro anos, com possibilidade de recondução.
Economista com 42 anos, formado pela PUC-SP, Galípolo já atua como diretor de Política Monetária do Banco Central desde julho de 2023, após ter ocupado a posição de secretário-executivo no Ministério da Fazenda. Sua carreira pública teve início em 2007, durante o governo de José Serra em São Paulo.
No Senado, Galípolo se destacou com declarações firmes sobre a condução da política monetária, como seu posicionamento sobre a Selic e críticas ao papel do Banco Central na definição da meta de inflação. Ele ressaltou que não faz sentido a instituição que persegue a meta ser a mesma que a estabelece, e reafirmou a neutralidade diante da polarização entre governo e BC.
Galípolo já participou de dez reuniões do Copom, onde votou em nove ocasiões com o presidente Campos Neto. Divergiu apenas uma vez, em maio de 2024, quando apoiou uma redução mais agressiva da Selic, junto aos indicados por Lula. O economista também deixou claro que a política de juros poderá ser revista caso haja necessidade, buscando equilibrar a confiança no mercado.
Agora, Lula terá de indicar três novos nomes para o Banco Central: dois para vagas abertas ao fim de dezembro e um para a posição que será deixada por Galípolo.
