Outros países, como Estados Unidos e Reino Unido, adotaram abordagens diferentes, buscando ampliar a oferta de assentos em voos comerciais ou cobrando uma taxa por lugares em voos fretados
O governo brasileiro disponibilizou nesta sexta-feira, 11, um montante de R$ 80,4 milhões ao Ministério da Defesa para custear a operação de repatriação de brasileiros no Oriente Médio. O valor cobre despesas com combustível, manutenção de aeronaves e outros custos da missão Raízes do Cedro, realizada pela FAB (Força Aérea Brasileira), que já trouxe 674 passageiros e 11 animais de estimação de Beirute ao Brasil em três voos.
Entretanto, um levantamento feito pelo jornal digital Poder360 aponta que o custo da operação poderia ser três vezes menor se o governo optasse por comprar passagens em voos comerciais. Segundo o jornal, o custo estimado seria de R$ 21,7 milhões, considerando o valor de R$ 7.253 por passagem de Beirute para São Paulo, multiplicado por 3.000 brasileiros a serem repatriados, conforme informações do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Até o momento, o governo não detalhou se os R$ 80,4 milhões cobrem apenas os três voos já realizados ou se englobam futuras viagens. Além disso, o Planalto não respondeu se considerou a compra de passagens comerciais como alternativa para reduzir custos. Segundo os critérios divulgados pela FAB, idosos, pessoas com deficiência, grávidas, doentes e aqueles sem condições financeiras têm prioridade nos voos de repatriação.
A missão brasileira ocorre em meio à escalada de conflitos no Líbano, impulsionados pela guerra entre Israel e o Hezbollah, grupo extremista com forte presença na região. Outros países, como Estados Unidos e Reino Unido, adotaram abordagens diferentes, buscando ampliar a oferta de assentos em voos comerciais ou cobrando uma taxa por lugares em voos fretados.
A operação no Líbano é a segunda repatriação promovida pela FAB em um curto período, após uma missão semelhante realizada em outubro de 2023 para resgatar brasileiros em Israel durante o início do conflito com o Hamas. Contudo, os custos dessa operação anterior ainda não foram divulgados.
