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Governo decide não retomar horário de verão em 2024 e avalia retorno para 2025

O relatório apresentado pelo ONS confirmou que o Brasil tem condições de garantir a segurança energética durante o período de estiagem, mesmo sem o horário de verão

Foto: reprodução

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira, 16, que não retomará o horário de verão este ano. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que afirmou que a medida ainda está sendo avaliada para 2025. A decisão de não aplicar o horário especial em 2024 foi tomada devido à falta de tempo para que a medida tivesse impacto no período de maior consumo de energia, que vai de 15 de outubro a 30 de novembro.

Segundo Silveira, durante uma apresentação a jornalistas, o período chuvoso, que se inicia em dezembro, será suficiente para restabelecer os níveis dos reservatórios e minimizar a necessidade do horário de verão. “Na última reunião com a ONS (Operador Nacional do Sistema), chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação de horário de verão para este ano […] nós temos condições de, depois do verão, avaliar a volta desta política para 2025”, afirmou o ministro.

O relatório apresentado pelo ONS confirmou que o Brasil tem condições de garantir a segurança energética durante o período de estiagem, mesmo sem o horário de verão. No entanto, a bandeira tarifária vermelha – que encarece a conta de luz – deverá permanecer até o final do ano, já que as usinas térmicas continuarão sendo acionadas para garantir o fornecimento de energia.

O horário de verão, suspenso no Brasil desde 2019, foi criado em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, e passou a ser adotado de forma regular a partir de 1985, sob a gestão de José Sarney. A proposta do governo Lula em reativar a medida para 2025 tem como objetivo gerar uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões e potencialmente estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Apesar das discussões em torno do retorno do horário de verão, uma pesquisa recente do Datafolha, divulgada em 14 de outubro, mostrou que a opinião pública está dividida: 47% dos brasileiros são contra o retorno da medida, enquanto outros 47% são a favor. Apenas 6% dos entrevistados disseram ser indiferentes à questão.

A seca severa, a mais grave dos últimos 94 anos, foi um dos fatores que levou o governo a considerar a reintrodução do horário de verão. No entanto, a decisão final ficou para o próximo ano, após uma análise mais detalhada dos impactos da medida.

Aline Coelho

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