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Crise em Cuba: distribuição de frango por pessoa passa a 345 gramas por mês

O Diário de Cuba relatou que, durante quase seis meses, os habitantes de Santiago de Cuba ficaram sem qualquer carne, até que o governo começou a vender meio quilo do produto

Foto: reprodução

Moradores de Santiago de Cuba, segunda maior cidade do país, enfrentarão mais uma redução na já escassa distribuição de frango. O governo comunista, que anteriormente entregava 455 gramas mensais do produto a cada cidadão, anunciou nesta terça-feira, 15, que a cota será reduzida para 345 gramas. A medida provocou grande agitação popular, necessitando de operações policiais para garantir a segurança dos caminhões de entrega.

O Diário de Cuba relatou que, durante quase seis meses, os habitantes de Santiago de Cuba ficaram sem qualquer carne, até que o governo começou a vender meio quilo do produto. A nova medida de redução afeta toda a província, com exceção da capital, que leva o mesmo nome.

Apesar da garantia do Governo Provincial de que há carne suficiente para todos, os cidadãos poderão comprar apenas dois quilos adicionais em casos especiais, como gestantes, pessoas com dietas restritas e 173 crianças com doenças crônicas. No entanto, muitas pessoas expressaram descontentamento com a distribuição de alimentos, além da falta de gás e carvão para cozinhar.

“Há dias nos mercados o Estado vende meio quilo de arroz por 200 pesos (R$ 47,46), e o carvão custa entre 500 e 700 pesos (R$ 118,65 e R$ 166,04), enquanto as pessoas não têm o que comer e nem como cozinhar os poucos alimentos que possuem”, desabafou um morador ao Diário de Cuba.

A crise alimentícia em Santiago de Cuba reflete os crescentes desafios que a população enfrenta para garantir itens básicos de subsistência, em meio à prolongada escassez de produtos essenciais no país.

Aline Coelho

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