A ex-presidente Dilma Roussef sofreu impeachment por pedaladas fiscais em 2016
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Parlamentares da oposição ao governo do presidente Lula (PT) protocolaram um pedido de impeachment por alegações de crime de responsabilidade, envolvendo uma suposta manobra fiscal de R$ 3 bilhões. O recurso teria sido utilizado para beneficiar estudantes do Ensino Médio por meio do programa Pé de Meia, sem a devida autorização legislativa.
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), um dos autores do pedido, acusa o governo de realizar pagamentos aos beneficiários do programa desde março, sem que houvesse previsão no orçamento anual. “A lei que instituiu o programa exige que o montante seja aprovado anualmente pelo Congresso, o que não foi respeitado”, afirmou o parlamentar.
Lula havia vetado o artigo que determinava a obrigatoriedade de aprovação do repasse de recursos pelo Congresso, mas o veto foi derrubado, restabelecendo a exigência legal. A acusação agora se concentra na falta de cumprimento dessa obrigação.
A questão foi levada ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo deputado Sanderson (PL-RS), que solicitou uma investigação sobre a legalidade da operação fiscal. “Requeiro que seja averiguada a manobra de R$ 3 bilhões sem previsão orçamentária e sem autorização legislativa. Se confirmada a irregularidade, que sejam responsabilizados os agentes públicos envolvidos”, declarou Sanderson.
A manobra fiscal, popularmente chamada de “pedalada”, foi o motivo que culminou na destituição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.