Toffoli justificou o arquivamento alegando que a ação de improbidade se baseava nas mesmas provas de um processo na Justiça Eleitoral
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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última sexta-feira (18) o arquivamento de uma ação de improbidade administrativa que envolvia o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). A ação, que tramitava na 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, tratava de supostos repasses de caixa 2 da Odebrecht para a campanha de Alckmin ao governo de São Paulo em 2014.
A decisão de Toffoli veio em resposta a um pedido de Marcos Monteiro, ex-secretário estadual e ex-tesoureiro das campanhas de Alckmin, também réu no processo. Monteiro havia sido acusado de receber R$ 8,3 milhões de forma irregular, sem registro na Justiça Eleitoral. O valor teria sido destinado à campanha de reeleição de Alckmin, que venceu a disputa no primeiro turno com mais de 57% dos votos válidos.
Toffoli justificou o arquivamento alegando que a ação de improbidade se baseava nas mesmas provas de um processo na Justiça Eleitoral, que já havia sido encerrado pelo STF em abril, após a anulação das provas dos sistemas Drousys e MyWebDay, da Odebrecht.