As caminhonetes atualmente disponíveis foram adquiridas em 2023 por R$ 10,8 milhões, sendo uma para cada gabinete parlamentar
A possibilidade de substituição das atuais caminhonetes da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) por SUVs mais espaçosos ganhou força entre os deputados estaduais. O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), confirmou ao POPULAR que alguns parlamentares desejam veículos com capacidade para sete passageiros, uma alternativa que atenderia ao transporte de equipes em atividades no interior do estado. No entanto, Peixoto foi categórico: “Não tem nada definido. As caminhonetes estão novas e não há essa necessidade”, afirmou, refutando que qualquer troca esteja em avaliação.
Apesar do interesse por parte dos deputados, o assunto permanece nos bastidores, com todos os consultados pela reportagem evitando declarações públicas após reunião na presidência. Internamente, a justificativa mais citada seria a de que os novos SUVs ofereceriam maior conforto e eficiência para eventuais retomadas de projetos como o “Alego Ativa”, que busca levar serviços aos municípios.
As caminhonetes atualmente disponíveis foram adquiridas em 2023 por R$ 10,8 milhões, sendo uma para cada gabinete parlamentar. A Alego, que ampliou sua frota para 122 veículos nos últimos anos, baseou a compra das picapes Ford Ranger Storm em estudos técnicos que ressaltavam a necessidade de tração 4×4 para locais de difícil acesso, especialmente em áreas rurais e estradas não pavimentadas. O documento destacava a importância de veículos capazes de lidar com terrenos acidentados “com segurança e eficiência”.
Além da discussão sobre a troca de veículos, um novo projeto de modernização tecnológica ganhou espaço: os deputados solicitaram a instalação de internet móvel para atender os gabinetes itinerantes. A princípio, a ideia seria contratar o serviço da Starlink, a rede de satélites de Elon Musk. Porém, Peixoto decidiu recorrer à Goiás Telecom, empresa estatal do estado, afirmando: “Vou fazer com a Goiás Telecom. Vamos assinar com a empresa do governo e eles devem nos apresentar um projeto”.
A diretoria financeira da Alego ainda não analisou formalmente os custos e a viabilidade orçamentária para a troca das caminhonetes, que, segundo o estudo inicial, têm uma vida útil estimada de cinco anos. Caso a medida seja aprovada, ajustes no orçamento serão necessários a partir de 2025, já que os SUVs possuem um valor de mercado superior ao das picapes.